quinta-feira, 7 de maio de 2009

Luanda - o dia-dia da população

















Luanda



Como não é possível tirar fotografias sem autorização ministerial, procurei descobrir o que mais de perto me permitia mostrar como é a Luanda de hoje. Hoje, porque ainda cá estou.

Talvez esteja a começar pelo parte mais "dura" do meu trajecto , da minha viagem por terras de África, mas têm sido muito forte ... o que me faz sentir com os antagonismos da sociedade angolana.

Não era nada que não estivesse preparada, mas só vivenciando, pois só assim me faz sentir as experiências culturais e perceber como os expatriados ( uma palavra mais "in" para os emigrantes actualmente em Angola) se sentem tão "á toa"... é uma realidade muito dispare de qualquer estratégia económica, que alguma vez aprendemos nos bancos das escolas orientais.

Um transito caótico, partilhado por viaturas caras , as melhores marcas de jipes ( qualquer outro tipo de veiculo é impossível operar ... hup"s , mais um buraco) que ainda não saiu na nossa terrinha, com os veículos de transporte da maioria da população , o candongueiro... aquelas viaturas azuis e brancas , onde mais um, ainda cabe.

Luanda, que no senso de 2007 tinha uma população de 4,8 milhões de habitantes , o dobro de toda a população de um dos seus países vizinhos , a Namíbia, defronta-se com um problema grave de concentração populacional e de muito deficiente rede de infra-estruturas básicas , como a viária e o saneamento. Alem de uma diferenciação social elevadíssima ... as fotografias não mostram ... mas a cidade têm actualmente arranha céus de primeiríssimo qualidade , com apartamentos de tipologias standard, a ser vendidos pelo valor de 1.500.000 dDólares ( americanos .... é a moeda que vale , e está escassa , pois com a desvalorização do Quanza e o aumento das retenções para 30% sobre os activos bancários , dos depósitos junto do Banco Central de Angola, fez escassear a sua mobilidade no mercado), e um parque de arrendamentos que rondam o valor mensal de 12.000 a 15.000 dólares/mês e carecem a liquidação antecipada , á cabeça de 1 ano de rendas, em coabitação ( no outro lado da rua ) dos musseques , instalados anarquicamente e construídos em bloco cinzento e sombrio , sem agua, saneamento e luz ( esta normalmente retirada clandestinamente da rede publica) .... mas com parabólica e um LCD.








PS. voltaremos brevemente .... pois ainda há muito que contar

7 comentários:

casa da poesia disse...

bom dia...Lua...nda!...

"aetas:Carpe Diem quam minimum credula postero."

Anónimo disse...

Olá, o conhecimento do planeta onde vivemos é definitivamente um dos meus interesses mais vincados, o continenet Africano não é de todo o q possuo maior conhecimento uma vez q só conheço dois países e mesmo assim de férias, por isso o conhecimento não é o desejado por mim, mas ainda não houve possibilidades de ser de outra forma....
Este também é um bom lugar para troca de ideias e conhecimentos por isso, vou-te seguir neste espaço :))

Beijos e continuação de boa viagem ....

Anónimo disse...

"Por mais que busquemos, apenas nos encontramos a nós próprios" Anatole

Anónimo disse...

"Por mais que busquemos, apenas nos encontramos a nós próprios" Anatole

elsafer disse...

é verdade ... "anonimo"... pois nós somos a nossa busca, o que reconhecemos nas pequenas coisas que partilhamos

sonjita disse...

Tenho um amigo que também está por Angola... é Eng. Civil e anda pelas obras. Quanto cá vem tb conta mil e uma histórias do além... da ultima vez que o vi também mostrou as fotos dos "candongueiros" lol... deve ser um "prato".

BJoka e aproveita muitooooooooo esses ares

P.S. Cuidado com as fotos... ;)

Unknown disse...

A descrição é realmente igual ao que me contam pessoas que lá estão a trabalhar.

Esta economista tb é uma mulher de letras

Bj